sexta-feira, 17 de abril de 2009

Universidade do Porto (1).

Hoje começamos a colocar (finalmente!) as nossas impressões mais concretas com relação aos lugares, às pessoas, às instituições aqui no Porto. Demoramos mais de dois meses pra fazer isso, mas ainda vale. :) E pra começar, nada melhor do que falar da universidade que escolhemos: a U.Porto! E hoje pelos olhos de Fernando:

A primeira impressão que tive da Universidade do Porto foi bastante positiva. O corpo de funcionários acolheu a nós e aos demais intercambistas muítissimo bem - com direito até a uma calorosa festinha de recepção regada à vinho do Porto e alguns quitutes. Em geral são solícitos, esclarecedores, pacientes e alguns até simpáticos. Em outras palavras, não deixam os alunos "perdidos": é fato que eles estão preparados para receber estudantes estrangeiros (duvido muito que aconteça da mesma maneira no Brasil). Destaque para Luísa Capitão e Raquel "num sei o quê", ambas muitos gente fina! O corpo docente idem. Só acrescento que - pelos menos os dois que eu conheço - são talvez um pouco mais exigentes que os brasileiros, mas sem dúvida são infinitamente mais sérios, competentes, assiduos, dedicados e atenciosos (se bem que a maioria dos professores brasileiros não são medidas pra porcaria nenhuma, diga-se de passagem). Até onde eu vi só faltaram por motivo de morte ou atividades acadêmicas (corriqueiramente em outros países, aliás). Nota-se que as aulas são preparadas e nelas se foca o conteúdo: não é aquela enrolação e conversa-pra-boi-dormir bem típicas do Brasil. Além disso são menos teóricas que factuais, e o que é dado no curso - vejam só! isso era novidade pra mim - correspodem à ementa e ao nome da disciplina. Muito interessante. E, last not least, os professores são menos viciados naquele marxismo encardido que quem estuda nas universidades brasileiras conhece tão bem. Em suma, eu pessoalmente gostei muito e espero não queimar minha língua. Em termos de estrutura, a faculdade funciona incomparavelmente melhor que a UFPE. A biblioteca da Faculdade de Letras, a única sobre a qual eu tenho algo a dizer porque é a única que eu conheço, é espaçosa, confortavel, limpa, e possui livros em melhores condições do que as da Federal. Há máquinas de xerox/impressão/digitalização para utilização self-service espalhadas por todo o prédio, o que evita aquela bagunça das filas de xerox (além de o preço ser bem mais barato pra quem ganha em euros: 0,03 cêntimos). Sem contar que há um bom número de computadores ligados a internet disponíveis gratuitamente em várias salas, afora a cobertura wireless. Enfim, tudo funciona melhor. E quanto ao corpo discente, não posso falar com propriedade porque tenho um contato direto limitado com os portugas, portanto ainda não conheci as pessoas legais que certamente estão por lá. Só posso explicitar minha visão preconceituosa mesmo. Lá vai: tem um grupo de metrossexuais que acham que estão Bervely Hills; tem os donzelos que se vestem de Harry Potter; tem os adolescentes revoltados do movimento estudantil... Quase igual ao Brasil, pelo menos tão ruim quanto!

Nenhum comentário: